Transição energética nas empresas

 
Transição energética nas empresas Transição energética nas empresas

Tema da agenda corporativa do século 21, a preservação do meio ambiente passa hoje pela escolha de fontes de energia limpa


ESG é uma sigla conhecida de empresas que têm olhos voltados para o futuro. Remete a três termos em inglês - environmental, social and corporate governance -, e representa um modelo de governança que adota boas práticas sociais, corporativas e ambientais.


A primeira letra da sigla refere-se à preservação do meio ambiente, o que hoje faz parte de uma discussão global, principalmente por causa da emergência climática. O combate às alterações do clima é o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS) de número 13 da ONU, entre os 17 que fazem parte da agenda das Nações Unidas.


Uma das medidas adotadas pelas empresas para combater as mudanças climáticas e seus impactos tem sido a descarbonização, por meio da transição energética para fontes mais limpas de geração de energia, como forma de emitir menos gás carbônico na atmosfera.


Em outubro de 2020, o BNDES lançou o título Letras Financeiras Verdes no Brasil (LFV). O montante de R$ 1 bilhão, captado com esse primeiro lançamento do LFV, ajudou a financiar projetos sustentáveis, como o Complexo Eólico de Cutia e Bento Miguel, no Rio Grande do Norte, e o Complexo Solar de Paracatu, em Minas Gerais.


EXEMPLOS DE INICIATIVAS

Mais empresas brasileiras vêm investindo em soluções sustentáveis. A rede de varejo Renner prevê que 75% do seu consumo corporativo de energia virão de fontes renováveis. Esse percentual já estava em 65% em 2020, graças a projetos e parcerias para uso de fontes como biomassa, energia eólica e solar - segundo dados apresentados pela rede na Conferência Brasil Verde, realizada pelo jornal Estadão em agosto do ano passado.


Outra rede varejista, a Magazine Luiza, já havia investido R$ 18 milhões para implementar o fornecimento de energia solar em 214 das mais de 1.100 lojas que mantém pelo país. Para isso, firmou contrato com a empresa GreenYellow, adotando o modelo de aluguel, com a previsão de entrega de 9307,1 MWh por ano. 


Na filial brasileira do Mercado Livre, há 2 mil placas fotovoltaicas para geração de energia solar. Segundo estimativa, a estrutura pode gerar até 700 MWh por ano, evitando a emissão de quase 100 toneladas de CO2/ano na atmosfera.


A Natura assume-se como uma empresa carbono neutro, investindo em apoio a projetos ambientais como forma de compensar poluentes produzidos por suas atividades. A empresa divulga que tem como objetivo capturar, por meio do seu modelo de negócios, mais carbono do que o que é emitido.


Outro exemplo é a Vulcabrás, que já anunciou que, a partir deste ano, todas as suas unidades fabris serão abastecidas com energia eólica. As fábricas dessa rede de calçados - em Itapetinga, na Bahia, e em Horizonte, Minas Gerais - serão supridas pelo complexo de energia eólica Rio do Vento, localizado no Rio Grande do Norte.


Em setembro do ano passado, a Ambev anunciou o lançamento de uma grande cervejaria e de uma maltaria carbono neutro, em Ponta Grossa, Paraná, e em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, respectivamente. Para isso, a empresa instalou caldeiras a biomassa e implementou processos de reaproveitamento energético do biogás.

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